Aposta

Ela não disse pra onde iria… Só se despediu e correu sem direção.

Ela precisava saber que o sonho estava aqui. Numa das mãos.

Ela queria voar… sonhou com um sim, mas disse que não.

Ele pediu silêncio, ela apostou, então.

 

Yara Teixeira – 28.08.08

Published in: on 29/08/2008 at 02:45  Deixe um Comentário  

Ponto de partida.

Faz-me estranha, então.

E me começa denovo, partindo daquele fim que não ocorreu.

 

Yara Teixeira – 23.08.08

Published in: on 24/08/2008 at 02:22  Deixe um Comentário  

Assim que puder

Eu só queria saber de você… Sem adereços, sem dores, sem mares, e sem mais. Eu bem que quis lhe mostrar. Seria contra o seguro, e o, até então, meu conforto. Entregue ao fim de um começo seu. Feliz assim, com um triste amor quente, meu. Não quero mostrar-lhe o vento, ele sabe muito sobre nós. Você, Amado, amor… fabulosa a dança.

E, assim que puder… me mostra um navio. E volta pra mim.

 

Yara Teixeira – 23.08.08

Published in: on 24/08/2008 at 02:18  Comments (1)  

Se a gente…

Ah, se a gente soubesse que ia dar nesse fim.

Como se a gente pensasse que pudesse ser diferente, assim.

Ah, se a gente quisesse que fosse você.

Como se a gente sonhasse que assim, fosse meu.

Ah, se o sol rondasse o portão, lá fora.

Como se a gente visse a lua chegar mansa, e prata.

Ah, se a gente soubesse da solidão.

Como se a gente cantasse um coração.

 

Yara Teixeira – 23.08.08

Published in: on 23/08/2008 at 04:11  Deixe um Comentário  

Só Metade

Pedaço de mim é sonho

Pedaço de mim é pensamento, paixão, sorriso

Pedaço de mim é luz, fogo e não…

Pedaço de mim é sim, ou saudade.

Pedaço de mim é só vontade

Pedaço de mim, é quase metade, então.

 

Yara Teixeira – 21.08.08 [título sugerido por um pássaro. Pássaro meu.]

Published in: on 22/08/2008 at 02:14  Comments (1)  

Silêncio.

Perspicácia. E, quem sabe, um silêncio. Que seja Ele sorridente, então.

Fazem bem. Me fizeram aqui, e agora.

 

Yara Teixeira – 18.08.08

Published in: on 19/08/2008 at 01:44  Comments (1)  

Está

Assim que os pensamentos se endireitarem em suas órbitas sentimentais, se tornarão planetas dentro de mim. Capazes de tudo.

Assim que a emoção pôde mensurar o tamanho daquele muro, eu o pude pular.

Assim que os braços se encontraram com outros dois, assim que as bocas calaram, e aquela música soou, eu pude entender que só, eu não estava. E nunca estive.

Assim que os corações se comunicaram, e até choraram por um alívio imediato, causado pela emocionante ação, eu pude dizer com os olhos, em fogo sadio e inofensivo:

‘Agora, tá tudo bem’

 

Yara Teixeira – 17.08.08

Published in: on 18/08/2008 at 02:48  Comments (3)  

E se eu disser? [ele vai sorrir]

Ele disse que tinha caído por terra… eu lhe disse pra ver o mar.

Ele disse que não tinha pra onde fugir.. eu lhe disse pra ter fé.

Disse então que tinha medo… eu lhe disse que eu também.

Ele disse que não sabia… eu disse que poderia ensinar.

Ele me falou dos sonhos… eu disse pra realizar.

Disse das dificuldades… eu lhe dei a minha mão.

Disse então, dos pensamentos… eu mostrei o caminho.

Ele me disse de um vazio… eu mostrei-lhe o sol.

Ele quis desistir, eu mostrei um coração.

Eu quis, então, dizer de uma lágrima… e foi aí que ele se [me] deixou sorrir.

 

Yara Teixeira – 17.08.08

Dedicado a alguém [e esse alguém sabe quem] – irmão James

Published in: on 17/08/2008 at 04:04  Comments (1)  

Brincadeira real, e chata.

Disseram que tá tudo mudado, que as folhas embranqueceram e se tornaram velhas, sem som.

Disseram que o caminho é outro e que os pés, ah! os pés continuam os mesmos, escrevendo palavras jogadas sem luz.

Disseram que o sol nasceu, mas que foi a escuridão, a dona de tudo.

Disseram que tudo não passava de uma roda gigante, esperando o próximo entrar pra retomar o seu ciclo vicioso de altos e baixos, num coração emocionante cheio de lágrimas nos olhos.

disseram que era brincadeira. E eu disse que se fosse então, era uma chata brincadeira real.

 

Yara Teixeira – 16.08.08

Published in: on 16/08/2008 at 14:33  Deixe um Comentário  

Quem é que pode saber?

É querer demais pedir pra que te entendam por frases soltas em um lugar qualquer.

É sufocar o seguro até fazê-lo pular das mãos. Sentindo-se assim, vazio, então.

É fazer sofrer um coração já apertado de tanta dor de amor.

Quem sabe fazer falar um olhar calado há séculos. E calar, quem sabe, aquela boca que contava histórias felizes.

 

Yara Teixeira – 14.08.08

Published in: on 14/08/2008 at 22:35  Deixe um Comentário